A revolução colorida e a máfia italiana

Gostaria de começar esse blog falando sobre música. O que vai ter que esperar, pois hoje vou falar de Restart, Teletubbies e a revolução arco-iris.
Não estou aqui pra ser apenas mais um a proferir ofensas e críticas infundadas ou tendenciosas, penso que devemos lidar com esse tema considerando os diversos fatores que têm transformado nossa querida geração teen, numa salada de frutas com calda de morango e calça cor kiwi.

Devo salientar que não há nada errado em se ter um grupo de amigos que divide o mesmo "gosto musical" (nesse caso tão bem dividido que sobra muito pouco para cada um), os mesmos interesses, e o mesmo estilo para se vestir. "Na minha época", esses grupos eram chamados de, pasmem, "grupos", ou "tribos", "patotinhas", "gangues", "quadrilhas" etc... mas não "Família".
De fato, chamar um grupo de amigos ou companheiros de "família", me remete à famigerada Máfia Italiana, imortalizada na saga "O P(h)oderoso Chefão". O que me leva a pensar: "Eles tão de sacanagem!" Quer dizer, muitos de nós em algum ponto da vida, recorremos aos amigos e colegas estreitando vínculos sociais em detrimento dos vínculos familiares. Na época em que descobrimos que papai e mamãe são gente, e não super-heróis. Nessa fase, tendemos a eleger novos heróis e literalmente Idolatrá-los. Nada errado até aqui. A questão é que, não sei quanto a vocês, mas não importa quão disfuncional fosse minha família, minha ultima atitude de rebeldia seria me transformar num teletubbie, ou pior, ser adotado por ursinhos carinhosos.
Isso nos deixa duas hipóteses: eles escondem algo, ou têm algum tipo de disfunção cognitiva.

 Damn it feels good to be a gangsta!

Consideremos a segunda hipótese (enquanto eu acho algum argumento que valide a primeira): Por muito tempo fomos alertados dos perigos do fast-food, gorduras trans, transgênicos, utilização de hormônios, Malhação, e o "Fim do mundo como o conhecemos" em 2012. O que estamos vendo talvez seja o resultado da soma desses fatores, aliado a pseudo musica que embala essa geração, que possivelmente engatilhou o efeito dominó responsável pela "deleção" (que nenhum geneticista me leia (sim, eu acho que alguém lê isso aqui)) do bom senso. Esse processo não é tão recente, considerando que muitas pessoas da geração anterior, se encontram em processo similar catalisado pelo "sertanejo universitário" (wtf), em níveis mais brandos principalmente no que concerne as vestimentas.

Essa teoria foi reforçada quando assisti a esse vídeo:

 It's happening!

Ok, vemos uma adolescente normal  típica em uma situação de emoção e excitação. Afinal, ela em breve vai ver a Restart e o "Pêlanza Meu". Entendemos que a adolescência é um período de sedimentação da personalidade, que envolve transformações em diversos níveis e está envolta em vergonha de si e dos outros (o que nesse caso seria compreensível). Meu "lado Poliana" tenta vez o lado bom das coisas, de modo que eu pensei: talvez ela esteja apenas se fazendo de retardada pra camuflar a vergonha e tentar parecer "bonitinha" na entrevista. A medida que ela se dava conta que sua brilhante tática não estava dando certo, aliado a um repórter incrédulo e assustado que não encerrou esse massacre ao ego quando teve chance (talvez por algum sadismo também), a menina passou a ficar com mais vergonha. Foi ensinada a ser persistente e não desistir de seus sonhos, por isso, manteve a técnica. Pensou: "Se estou com mais vergonha, devo parecer mais retardada!" o resultado você conferiu.

Quando já estava quase convencido que tudo isso é resultado de inúmeros fatores, mas têm como conteúdo central a necessidade de afirmação, pertencimento, e criação de identidade, tomei coragem e ouvi uma música do restart. 

Joguei toda minha resenha fora... esse povo é retardado mesmo